sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Destaques Riffservice 2015

Tal como no ano passado decidi fazer uma lista (não dos melhores) dos meus álbuns favoritos de 2015. Volto a referir, esta não é a lista dos melhores, não gosto de listas que têm essa pretensão, esta lista refere-se apenas e só a gosto pessoal, ao meu gosto pessoal. A lista dos 10 preferidos vai ter um pequeno texto e a ordem é alfabética. 2015 não teve um álbum portentoso, um álbum que me deixasse a suspirar por muito tempo, exemplificando, em 2015 não saiu nenhum “Lipservice” ou nenhum “Freedom Rock” ainda assim houve vários álbuns de qualidade insuspeita e é a esses álbuns que na minha opinião marcaram 2015 que eu vou dar um pequeno destaque.

Care Of Night – Connected

Os Suecos Care Of Night estrearam-se em 2015 com o álbum “Connected”, se fossem necessárias mais provas, este álbum prova que a qualidade da música não depende da década em que ela foi feita. Noutros tempos este álbum poderia ter-se tornado um clássico e poderia ter levado os Care Of Night ao Olimpo do mainstream. Como qualquer álbum de Hard Rock/AOR não podem faltar as baladas que aqui estão bem representadas em músicas como “Dividing Lines”, “Unify” e “Say You Will”. Este álbum é um verdadeiro festim de melodia para quem gosta de Hard Rock Melódico/AOR. 



Def Leppard – Def Leppard

Os Def Leppard não precisam de apresentações, já andam nestas andanças há muitos anos no entanto desde o álbum “Euphoria” que não lançavam nada que me deixasse verdadeiramente empolgado. Em 2015 com o álbum “Def Leppard” eles deixaram de lado a maioria das suas experimentações e das tentativas de soarem modernos e lançaram um álbum que resume bem a carreira da banda Britânica. Temos músicas poderosas como “Dangerous”, temos músicas que poderiam ter saído em qualquer álbum entre 1987 e 1992 como “Let’s Go” que apesar de no refrão me soar um pouco a “One Direction” não deixa de ser uma música que me conquistou, temos músicas funkeadas e dançantes como “Man Enough” e como em qualquer álbum de Def Leppard, temos também baladas da qualidade de “Last Dance”. Se os Def Leppard não lançarem mais nada de original na sua já longa carreira, fecham com chave de ouro. 



Degreed – Dead But Not Forgotten

Durante a primeira década do século XXI foram as bandas Escandinavas que levaram a cena do Hard Rock o mais próximo do mainstream. Os Degreed já chegaram tarde para terem direito a um pouco desse holofote. “Dead But Not Forgotten” é o 3º álbum da banda e mostra a banda melhor do que nunca, o som da banda navega em várias direcções desde o Pop/Rock, ao Metal Melódico de tradição Escandinava sem nunca perder a consistência e a identidade de uma banda de Hard Rock. Não posso deixar de destacar a música “Better Safe Than Sorry” um Hard Rock contagioso, alegre e poderoso que me fez companhia várias vezes neste ano de 2015.



Hogjaw – Rise To The Mountains

Os Norte Americanos Hogjaw lançaram em 2015 o seu 5º álbum “Rise To The Mountains” e apesar de não serem uma banda recente são uma banda que eu só tive o prazer de conhecer em 2015, precisamente com o álbum “Rise To The Mountains”. O som que eles nos apresentam é de tradição sulista Norte Americana. No caldeirão sonoro dos Hogjaw temos Hard Rock, Southern Rock e um pouco de Metal, o som perfeito para ouvir num ambiente de conversa de amigos, acompanhado de um bom copo de Jack Daniels.



Iris – Ao Acaso

Este álbum foi um deleite para mim. Já sou fã dos Iris há muitos anos e mais uma vez os Algarvios não desiludem com o seu Hard Rock Clássico. Eu sempre vi os Iris como uma banda e não como um conjunto de músicos que tocam umas coisas engraçadas e não merecem ser levados a sério. Os Iris são em Portugal um dos casos mais flagrantes de banda que é vítima do seu sucesso. O álbum “Ao Acaso” mostra o que de melhor os Iris sempre fizeram, Rock Clássico com pitadas de Hard Rock e com aquele inconfundível sotaque Olhanense de Domingos Caetano. Os Iris mostram a sua crítica social na letra da música “Nuclear, Não obrigado” (se outros a lançassem, isto era o verdadeiro hino da geração), mostram também o seu lado sensível em baladas como “Dom da Vida” ou “Ao Acaso”. Os Iris também nunca se esquecem de incluir um cover de um clássico da música popular Portuguesa, neste caso um cover para “Grândola Vila Morena”.  Não é o melhor álbum de todos os tempos mas cumpre o que promete, ser um álbum de Rock feito para quem realmente gosta de Rock.



Maryann Cotton – Into Eternity

“Into Eternity” é o segundo álbum dos Dinamarqueses/Norte Americanos Maryann Cotton, banda que vai buscar o nome a uma famosa serial killer do século XIX. Esta banda vai buscar a sua inspiração sonora ao que Alice Cooper fez nos anos 70. Apesar da influência de Alice Cooper “Maryann Cotton” não soa como uma mera cópia já que também conta com instrumentistas da qualidade de Hal Patino, Sebastian Sly e Shawn Kemon, além do vocalista “Maryann” Patino, filho de Hal Patino. O grande destaque deste álbum é que soa a clássico, soa a vintage sem soar a imitação nem a subproduto.



Revolution Saints – Revolution Saints

Quando em 2014 soube que Doug Aldrich, Deen Castronovo e Jack Blades iam formar um grupo de imediato este tornou-se o lançamento mais esperado de 2015. E quando o álbum “Revolution Saints” saiu cumpriu integralmente todas as expectativas.  O álbum conta com melodias irrepreensíveis, baladas muito bem construídas além de ter ainda participações de nomes como Neil Schon, Arnel Pineda e Alessandro Del Vecchio. 



Stryper – Fallen

Após o fracasso do álbum “Reborn” os Stryper nunca mais falharam, os seus álbuns têm apresentado a consistência, a qualidade e o estilo que os fãs de Stryper sempre apreciaram no Hard Rock (às vezes Heavy Metal) vigoroso e poderoso dos Stryper. O álbum “Fallen” 11º lançamento da banda e conta com a produção do vocalista/guitarrista e principal compositor da banda Michael Sweet. Em alguns momentos este álbum ultrapassa as barreiras do Hard Rock e penetra em direcção ao Heavy Metal e ao Power Metal, músicas como “Yahweh” e “Big Screen Lies” são disso exemplos. E como qualquer álbum de Stryper que se preze, também neste “Fallen” temos uma bela balada, neste caso “All Over Again”.



The Night Flight Orchestra – Skyline Whispers

Só na Escandinávia é possível que membros de bandas de Metal Extremo como Arch Enemy e Soilwork formem uma banda com o som Hard Rock Clássico dos The Night Flight Orchestra. “Skyline Whispers” é o segundo álbum da banda e mostra toda a classe, capacidade e qualidade que os membros da banda têm para fazer Hard Rock/AOR ao melhor estilo dos anos 80 sem soar a cópia, nem a trabalho datado no tempo. Para mim, o grande destaque deste álbum é a música “Living For The Nighttime” esta música tem um ritmo e uma vibe muito contagiantes, para mim uma das minhas músicas preferidas de 2015.


Trixter – Human Era

Os Norte Americanos Trixter foram uma das últimas bandas da era de ouro do Hard Rock a ter algum destaque. Após um longo hiato entre 1995 e 2007, eles voltaram em 2007 e em 2015 lançam o seu 4º álbum de originais “Human Era”, após terem lançado o bom “New Audio Machine” em 2012. O álbum “Human Era” é um óptimo álbum que mostra todas as qualidades dos Trixter. Se logo nas 2 primeiras músicas “Rockin’ To The Edge Of The Night” e “Crash That Party” temos Hard Rock potente e festeiro, já nas músicas “Beats Me Up” e “Human Era” temos a beleza, a classe e a suavidade de belas baladas.



Outros destaques:

Cold Chisel – The Perfect Crime

Dimino – Old Habits Die Hard
Eclipse – Armageddonize
FM – Heroes & Villians
Joel Hoekstra’s Thirteen – Dying To Live
Kamchatka – Long Road Made Of Gold
Rata Blanca – Tormenta Electrica
Room Experience – Room Experience
The Answer – Raise A Little Hell
The Winery Dogs – Hot Streak
Thunder – Wonder Days
Toto - XIV
W.A.S.P. – Golgotha


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