2018
chegou ao final e mais uma vez, faço a escolha dos meus álbuns preferidos do
ano que termina. Nunca passou pela minha cabeça escolher os melhores do ano,
primeiro, eu não consigo/posso escolher dogmaticamente o que é melhor quando
falamos de música, em segundo lugar o único ranking que posso/quero fazer é o dos meus álbuns
preferidos, aqueles álbuns que eu mais gostei que tiveram em mim um maior
impacto positivo. Em
terceiro lugar e para terminar, acho um bocado presunçoso alguém que escolhe “os
melhores” do ano como se fosse um pensamento objectivo sem sequer ter ouvido
tudo (nem sequer uma pequena parte) do que foi lançado ao longo do ano.
Blackberry
Smoke – Find A Light
Os
Sulistas (da Geórgia) voltam a lançar um álbum que merece ser destacado. Apesar
de se terem formado em 2000, o som da banda é mais aparentado ao que se fazia
nos anos 70 e os Blackberry Smoke ao 6º álbum “Find A Light” apresentam a todos
os fãs de Southern Rock, todas as características que são amadas no estilo, a
mistura entre Hard Rock, Blues e Country, com aquele tempero sulista e com as
guitarras a comandar todas as operações ao longo das músicas. Neste álbum a
vertente Country aparece bastante destacada em especial nas baladas.
Halestorm
– Vicious
O
álbum “Vicious” é o 4º lançado pela banda liderada pela vocalista/guitarrista
Lzzy Hale e com este álbum a banda mostra mais uma vez que acertou. O som, ora
mais Hard Rock, ora mais Heavy Metal mantém-se moderno, pesado mas ao mesmo
tempo não perde a sensibilidade nem o senso de melodia que sempre marcou a
carreira da banda. A qualidade deste álbum mostra que não é por mero acaso que
é uma das bandas do século XXI do Hard Rock/Heavy Metal que conseguiu
ultrapassar a barreira do underground e entrar no mainstream.
Lizzy
Borden – My Midnight Things
Apesar
de ter sido formada em 1983, esta banda apenas lança o seu 7º álbum em 2018.
Isto explica-se pelos hiatos e pelas constantes mudanças de formação que a
banda Lizzy Borden teve ao longo dos anos. Neste álbum a banda mostra uma
faceta mais melódica, aproximando-se em alguns momentos do som AOR de bandas
como Journey ou Foreigner mas com um “tempero” mais negro, menos luminoso nas
músicas.
Lucifer
– Lucifer II
Quem
experimentar ouvir este álbum sem pensar em que ano foi lançado, vai sentir-se
em 1971 porque é exactamente o som que esta banda Alemã nos oferece, aquele
Hard/Heavy com pitadas de psicadelismos de finais dos anos 60 e inícios dos
anos 70 à moda de Black Sabbath ou de Deep Purple. Este “Lucifer II” é o 2º
álbum da banda e mostra uma excelente evolução por parte dos Lucifer, dando aos
ouvintes uma bela experiência sonora, marcadamente retro mas misturando várias
nuances quer em termos de melodias mais Pop, quer em termos de riffs mais
ásperos e de ambiências mais psicadélicas.
Monster
Truck – True Rockers
Monster Truck ao longo da sua (ainda curta) carreira é sinónimo de Rock & Roll, sem medo e sem concessões. Vejamos o som desta banda como uma mistura entre ZZ Top e Twisted Sister (nota para a participação de Dee Snider neste álbum. Com o seu terceiro álbum a banda tenta entrar mais a fundo num som mais próprio e menos marcado pelas suas influências. Apesar da modernização do som da banda Canadiana ela continua com o seu Hard Southern Rock vigoroso e pesado.
Pleasure
Maker – Dancin’ With Danger
Poderia
ser Sunset Strip 1987 mas é Rio de Janeiro 2018. Os Brasileiros Pleasure Maker
voltaram depois de 10 anos “desaparecidos”. Os Pleasure Maker sempre foram uma
banda de Hard Rock melódico com um som marcado pela guitarra e neste álbum essa
guitarra surge ainda mais presente, mais “mandona”. Outro pormenor que cresceu
neste álbum foi a qualidade dos coros que contam com o apoio de Gus Monsanto. “Dancin’
With Danger” é aquele álbum que tem tudo para a agradar a (quase) todos os fãs
de Hard Rock, já que conta com melodias como “It Ain’t ‘Bout Love”, com o peso,
vigor e velocidade de “Rock The Night Away” e com uma balada arrasa corações
como “Matter Of Feelings”.
Praying
Mantis – Gravity
Os
Praying Mantis são uma banda Britânica surgida em 1974 e foi um dos nomes
presente na grande onda da NWOBHM de finais dos 70s, inícios dos 80s. No
entanto, ao longo dos anos o som foi-se refinando, tornando-se cada mais mais
melódico. Se antes o som da banda estava próximo de Iron Maiden, actualmente
está próximo de Journey. O álbum “Gravity” mostra a faceta AOR, a faceta Hard
Rock Melódica, onde com melodias cativantes e belas baladas a banda mostra a
sua classe. Este é um álbum feito para aqueles que apreciam os detalhes das
melodias e não somente o peso e a velocidade que as músicas podem oferecer.
Shiraz
Lane – Carnival Days
Escandinávia,
século XXI, a nova meca do Hard Rock. Os Finlandeses mostram com o seu 2º álbum
“Carnival Days” o quão verdade é esta afirmação. Ao longo de quase 55m os
Shiraz Lane mostram um leque vasto de influências no seu som que vão desde o
som mais Sleazy de Guns N Roses, passando pelas melodias cativantes de Bon Jovi
e pelo tom mais Pop Hard Rock de bandas como Toto. Se no primeiro álbum a banda
lançou um conjunto de músicas mais directas e mais focadas no Sleaze, neste
álbum a banda mostra a sua versatilidade e que pode fazer Hard Rock de várias
formas, sempre sem perder qualidade.
The
Night Flight Orchestra –Sometimes The World Ain’t Enough
4
álbuns já foram lançados e este SuperGrupo continua a ter lenha de altíssima
qualidade para queimar. Os músicos desta banda têm todos um grande background
ligado ao Metal (Extremo) mas aqui mostram que são mestres a fazer melodias
fortes, cativantes, com algumas texturas progressivas e sem perder nunca o foco
do que deve ser uma música para tocar as massas. E é realmente uma pena que um
trabalho destes não chegue a todos os fãs de Rock e porque não dize-lo a todos
os fãs de música, porque poderiam ter uma bela surpresa e perder alguns dogmas
que o presente não tem nada de bom no mundo da música.
Uriah
Heep – Living The Dream
1 ano
antes de festejarem os 50 anos de carreira, os veteranos Uriah Heep lançam o
seu 25º álbum de estúdio e mostram novamente às novas gerações como se faz.
Neste momento apenas o guitarrista Mick Box é um membro original que ainda se
mantém na banda e é ele o guardião da qualidade que a banda sempre ofereceu aos
seus fãs, desde tempos (quase) imemoriais. Riffs certeiros, robustos e
cativantes, Hammond pulsante e grandes melodias vocais são estes os ingredientes
para a fórmula da qualidade deste álbum dos Uriah Heep.
Outros Destaques:
Animal Drive – Bite!
Care Of Night - Love Equals War
Cocks In Hell – Cocks & Roll
Ghost – Prequelle
Gioelli & Castronovo – Set The World On Fire
Grand Design – Viva La Paradise
Hardcore Superstar – You Can’t Kill Me Rock & Roll
Izengard – Angel Heart
Love Stallion – Unforgetable Ride
Massive Wagons – Full Nelson
Northward – Northward
Palace - Binary Music
Perfect Plan – All Rise
Station – More Than The Moon
The Amorettes – Born To Break
The Radio Sun – Beautiful Strange
Treat – Tunguska
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