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segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Destaques Riffservice 2023

Mais um ano termina e mais uma vez o Riffservice em meu nome tem o prazer de apresentar os meus álbuns preferidos do ano. Este ano foi uma escolha bastante difícil quer devido à falta de tempo para ouvir os álbuns as vezes desejáveis quer divido à grande quantidade de álbuns de qualidade. Estes são os meus 10 preferidos:


Art Nation – Inception

Os Art Nation com este álbum dão-nos a ouvir o que de melhor se faz nos tons de Hard Rock Melódico. O grande destaque do álbum para mim é a voz do fundador da banda, o vocalista Alexander Strandell, embora deva destacar que todos os outros elementos estão na dose certa, parte rítmica, guitarra, teclados.

 

Demons Down – I Stand

Excelente trabalho do Supergrupo composto por James Robledo, Jimi Bell, Francesco Savino, Chuck Wright, Ken Mary e Alessandro Del Vecchio. Com nomes desta qualidade é impossível fazer música sem qualidade mas eles entregaram um trabalho realmente bem feito, melódico, com lindos arranjos. 


House Of Shakira – Xit

Donos de uma discografia de qualidade mas que passou um pouco ao lado da maioria, os Hard Rockers Suecos no seu 10º álbum entram nos preferidos do ano do Riffservice. O som deles é o bom e velho Hard Rock Melódico, embora com uso de teclados mais reduzido em relação ao que fazem outras bandas do estilo da mesma geração.

 

Hugo’s Voyage – Inception

Quando Hugo Valenti aparece em cena, já sabemos o que esperar, alta qualidade melódica e uma das mais belas vozes (não fosse tão parecida com Steve Perry) do mundo do Rock. E nesta viagem é mesmo isso que Hugo desfila, a sua voz e belíssimas melodias. Quem gosta apenas de som mais pesado, passe longe.


Jelusick – Follow The Blind Man

Um vozeirão, falar em Dino Jelusick é pensar numa daquelas vozes que aparecem para marcar quem a vai ouvir. Num contexto diferente (com o Rock no mainstream) Dino Jelusick seria sem qualquer favor, a voz da sua geração, para o “cantinho” que é o Rock na actualidade é “apenas” a melhor voz da sua geração e não há muitas melhores. Este álbum demonstra toda a sua qualidade não somente em músicas pesadas mas também em baladas.  


Kickhunter – Now Or Never

ROCK & ROLL sempre foi e sempre será o que os Kickhunter têm para dar à comunidade roqueira. Mais uma vez eles entregam um trabalho onde mostram todo o seu som, os teclados Hammond, as guitarras, o ritmo cadenciado e agitado, sem nunca esquecer as vozes, quer a principal quer os coros de apoio sempre presentes.

 

Ronnie Atkins – Trinity

A presença de Ronnie Atkins nesta selecção de preferidos do ano está a tornar-se tão clássico como o Sequim De Ouro ou o Circo de Monte Carlo. O vocalista Dinamarquês (dos Pretty Maids) nestes últimos anos tem focado na sua carreira solo e nestes últimos anos tem entregado sempre álbuns de alto gabarito. Este álbum apresenta a variedade de som com que ao longo dos anos Ronnie nos presenteou, desde sons mais melódicos até ao peso de Power Metal com baterias pulsantes.

Ten – Something Wicked This Way Comes

O grande destaque dos Ten sempre foi a capacidade melódica da mistura entre as suas linhas vocais e as guitarras. E mais uma vez Gary Hughes, vocalista, compositor, líder e membro original da banda mostra-nos isso mesmo, som melódico, brilhante com produção cristalina.

The Defiants – Drive

Quando Paul Laine, Bruno Ravel e Rob Marcello se juntam e lançam um novo álbum já se sabe quase instantaneamente que será um dos meus preferidos do ano. Mais uma vez aconteceu neste 3º álbum dos The Defiants. A fórmula utilizada foi a fórmula de “sucesso” dos 2 álbuns anteriores mas pareceu-me a mim com um pouco mais de peso, nada que vá incomodar qualquer fã do seu Hard Rock Melódico e festeiro.
Wig Wam – Out Of The Dark

Wig Wam é sinonimo de festa, alegria, bons momentos, neste álbum os Noruegueses intercalam estes seus momentos de festa clássicos, com outros mais pesados e sombrios.


Menções honrosas:
Degreed – Public Address
Eclipse – Megalomanium
Extreme –Six
Kent Hilli – Nothing Left To Lose
Overland – S-I-X
Sarayasign – The Lion’s Road
Skagarack – Heart & Soul
Stardust – Kingdom Of Illusion
Tempt – Tempt
Winger –Seven

domingo, 1 de janeiro de 2023

Destaques Riffservice 2022

 Todos os anos por esta altura do ano, saem listas dos melhores do ano, eu como simples leigo e amante de Hard Rock não me ponho nesse pedestal de escolher os melhores, a minha lista é e será sempre sobre os meus álbuns preferidos.

Alex Meister – Rock & A Hard Place
O álbum aqui apresentado foi o último a chegar à lista mas este álbum já nasceu clássico, é um prato cheio para quem gosta do Hard Rock dos anos 80, em especial de bandas como Dokken ou Ratt. Este álbum é o primeiro realmente a solo do guitarrista Alex Meister onde nos são apresentadas músicas originais e algumas músicas que já faziam parte da carreira de Alex Meister e adivinhem, estas releituras estão melhores que as originais, melhor arranjadas, melhor produzidas, com um som actualizado e mais brilhante. Este álbum marca também a estreia do guitarrista como vocalista/frontman.

 

Chez Kane – Power Zone
A nova princesinha do Hard Rock melódico apresenta-nos o seu segundo álbum e novamente consegue entregar-nos um excelente álbum. Mais pesado que o primeiro, sem nenhuma música que se possa dizer que é um single em potencial mas com a produção e todo o instrumental garantido por Danny Rexon, este álbum apresenta um conjunto muito coeso de grandes músicas.


FM – Thirteen
Os anos passam e os FM continuam a ser um dos nomes de charneira do Hard Rock Melódico. A banda Britânica ao 13º álbum de originais mostra que ainda tem lenha para queimar e ainda consegue lançar grandes álbuns. O instrumental sempre afiado e a linda voz de Steve Overland trazem novamente um álbum de classe e por muito que seja ignorado pelo mainstream, os FM serão sempre uma das grandes bandas de Hard Rock Melódico.


Ghost – Impera
Com os Ghost é impossível não usar a frase feita, são amados, são odiados mas nunca são ignorados. Tobias Forge e os seus “ajudantes” entregam-nos novamente a sua mistura de Pop e Hard Rock embora neste álbum o som da banda esteja ligeiramente mais polido, não é tanto o Hard Rock dos anos 70 que eles sempre fizeram mas mais o Hard Rock dos 80s. Mesmo com uma quantidade enorme de “haters” os Ghost são provavelmente a banda de Hard Rock mais influente da actualidade.


H.E.A.T. – Force Majeure
“O Rei morreu, viva o Rei”. Erik Gronwald saiu e Kenny Leckremo regressou, este álbum marca o regresso de Kenny, o vocalista original da banda e quem pensou que a banda ia regressar ao Hard Rock mais melódico dos 2 primeiros álbuns, enganou-se! Os H.E.A.T. voltaram com o seu som melódico mas mais pesado do que haviam feito até aqui. Bem vindo novamente Sr. Kenny Leckremo.


Harsh - Out Of Control
Para mim, os Franceses Harsh foram a grande surpresa do ano, nunca tinha ouvido falar deles até que foram anunciados como banda de abertura dos Anvil, et voilà, mostraram que são uma grande banda e que aspiram a palcos maiores e maior estatuto. O som dos Harsh é o clássico Hard Rock dos anos anos no sua vertente mais Sunset Strip, eles são claramente influenciados por nomes como KISS, Motley Crue e Def Leppard. 


Marenna – Voyager
A cada novo lançamento Marenna tem sido presença assídua na minha lista de álbuns preferidos. Esta banda liderada por Rodrigo Marenna mostra-nos como é possível fazer grandes músicas, com influência dos anos 80, sem soar como uma mera cópia, sem soar como algo reaquecido e sem alma. Para quem gosta de Hard Rock Melódico, este álbum é um prato cheio de amor.


Ronnie Atkins – Make It Count
Nos últimos anos o vocalista da banda Pretty Maids tem tido paralelamente uma carreira a solo muito prolifica, lançando 2 álbuns nos últimos 2 anos. Esse facto não pode ser dissociado da sua luta contra um cancro de grau 4. E porque parar é morrer, Ronnie Atkins mantem-se activo, a fazer aquilo que mais gosta, ou seja, cantar, seja a solo, seja com os Pretty Maids ou com os Nordic Union.


Skid Row – The Gang’s All Here
Quando foi anunciado Erik Gronwald como novo vocalista dos Skid Row as espectativas aumentaram exponencialmente e a banda entregou o seu melhor trabalho em muitos anos, eu diria em mais de 30 anos. Erik Gronwald e a sua voz casaram perfeitamente com o som agressivo, ora metalizado, ora mais bluesy que os Skid Row entregaram neste lançamento.


Wikkid Starr – Return To Glory
Filhos dos anos 80, os Wikkid Starr lançam um álbum de Hard Rock luminoso, o som é claramente inspirado nos anos 80 e em Sunset Strip, não fosse esta banda oriunda de Los Angeles. Melodia e peso na dose certa, os Wikkid Starr não podem ser esquecidos por aqueles que ainda levantam a bandeira do Hard Rock dos anos 80.

Outros merecidos destaques:
Zadra - Guiding Star
Thunder - Dopamine
Sinner - Brotherhood
Mike Tramp - For Forste Gang
Lessmann/Voss – Rock Is Our Religion

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Destaques Riffservice 2021

Todos os anos já se tornou clássico sair a minha lista de álbuns de Hard Rock preferidos do ano que acaba de terminar. Todos os anos é uma tarefa difícil porque apesar do Hard Rock não estar no mainstream, a audição dos álbuns novos implica uma maior pesquisa porque (em especial as bandas novas) não estão nas rádios nem nos meios de comunicação de massas. A lista é apenas o resumo do meu gosto, da minha opinião e não tem a presunção de escolher os melhores mas sim os meus preferidos.

Chez Kane - Chez Kane

Seguramente o meu álbum preferido de 2021. Este álbum que conta com produção de Danny Rexon (vocalista dos Crazy Lixx) aproveita-se da capacidade de Chez Kane dar voz a belas melodias de Hard Rock Melódico. Para quem se estreia a solo (Chez Kane já tinha lançado álbuns como elemento das Kane’d) este álbum é auspicioso para uma bela carreira que provavelmente nunca atingirá o mainstream, nem o sucesso global mas que seguramente vai dar sempre motivos de sorrir aos fãs do estilo. “Rock On The Radio”, “Too Late For Love” e “Better Than Love” foram escolhidas como singles e são um belo resumo deste álbum, melódico, alegre e cheio da aura musical dos anos 80. Para quem gosta de Robin Beck e Cher (nos anos 80 e inícios dos 90) é um prato cheio de qualidade. 


Crazy Lixx – Street Lethal

Se alguém se arriscar a resumir a carreira dos Crazy Lixx numa só palavra eu arrisco que essa palavra seria consistência. Ao 7º álbum a banda continua a mostrar todas as características que a consagraram como uma das bandas do século XXI preferidas dos fãs de Hard Rock. Produção cuidada, melodias e peso na dose certa para uma banda de Hard Rock, ambiente festivo e aquele virtuosismo despretensioso de quem não quer mostrar mais do que aquilo que a música pede.


Cruzh – Tropical Thunder

O álbum “Tropical Thunder” é o segundo dos Cruzh. Este álbum marca a entrada do novo vocalista, Alex Waghorn e não desilude. A atmosfera faz lembrar o final de anos 80, de nomes como Danger Danger ou Firehouse. Tal como os Crazy Lixx, os Cruzh também fazem da alegria, da melodia e do peso em doses certas a sua imagem de marca. Aguardemos que num futuro terceiro álbum eles mantenham a onda e a consistência.


Kreek – Kreek

Com o seu primeiro álbum os Britânicos Kreek mostram logo ao que veem, Hard Rock puro e duro, melodioso e com uma vibração optimista e virtuosa. Os anos 80 já vão longe mas ainda há quem carregue a tocha da sua música e do seu Hard Rock. Os Kreek podem, sem sombra de dúvidas ser um dos depositários desse legado e levar o seu Hard Rock às novas gerações. Este álbum é mais um daqueles exemplos para mostrar a quem diz que na actualidade já não se faz nada de qualidade.


Nestor – Kids In A Ghost Town

Directamente dos anos 80 para o ano de 2021, os Nestor mostram que as modas vão e vêm mas o Hard Rock há-de ser eterno enquanto existirem bandas a fazer este tipo de som e fãs a ouvirem o que as bandas produzem. Este foi mais um álbum que apostou forte nas ambiências de finais dos anos 80, aquele Hard Rock/AOR virtuoso, poderoso e melodioso cheio de melodia e de refrães fortes para serem cantados numa sala de concertos (adorava dizer estádio ou arena mas não me parece que esses tempos voltem para o Hard Rock) pelo mundo fora. Este álbum deu-nos também um enorme momento de nostalgia ao lançar a bela balada “Tomorrow” um dueto com a “desaparecida” estrela dos 80s, Samantha Fox. 


Sunbomb – Evil & Divine

Sunbomb é o trabalho conjunto de Tracii Guns e Michael Sweet, este álbum é pesado, em alguns momentos sombrio não esconde (nem sequer o quer fazer) a influência que Black Sabbath e Judas Priest têm neste álbum. Ao longo dos anos os trabalhos de Michael Sweet estão a afastar-se mais do Hard Rock e a aproximar-se do Heavy Metal mais tradicional e em conjunto com alguns riffs mais arrastados, mais “Doom” de Tracii Guns mostraram-nos um trabalho de inquestionável qualidade para os fãs de Hard Rock/Heavy Metal.  


Supernova Plasmajets – Now Or Never

O terceiro álbum desta banda Alemã liderada pela vocalista Jennifer Crush é mais um exemplo que não importam as modas mas sim o som que cada um gosta de ouvir e de fazer. Os anos 80 já eram mas este álbum soa, cheira e transpira a música dos anos 80 por todos poros, às vezes mais Rock & Roll, outras vezes mais AOR, ora liderado pela guitarra, ora liderado pelos ambientes de teclado sempre temperado com grandes doses de melodias. 


The Night Flight Orchestra – Aeromantics II

Cada vez mais Pop, cada vez mais dançáveis, cada vez mais mergulhados nos anos 80 mas também cada vez mais originais e sem esquecerem aquilo que são, uma banda de Hard Rock Melódico. Em cada novo lançamento “Bjorn Strid e sus muchachos” mergulham cada vez mais nos ambientes sonoros do cinema (e das bandas sonoras) dos anos 80. O ambiente relaxado e despretensioso das músicas contrasta com a qualidade e a seriedade com que este trabalho é feito ao nível dos arranjos, das letras e das melodias. Os The Night Flight Orchestra em cada lançamento cimentam mais a sua posição como uma das mais queridas bandas de Hard Rock Melódico da actualidade. 


Thunder – All The Right Noises

Os Britânicos Thunder nunca desiludem e com “All The Right Noises”, o décimo-terceiro álbum de estúdio mostram mais uma vez que têm lenha para queimar e que se mantém relevantes para quem gosta do Hard Rock com pitadas de Blues que eles sempre tiveram. Este álbum conta com uma grande riqueza de elementos, além dos tradicionais voz/baixo/guitarra/bateria, deste álbum fazem parte coros femininos, secções de sopro, guitarras acústicas entre outros. Em “All THe Right Noises” os Thunder entregam ao ouvinte todos os barulhos correctos que os fãs se habituaram, grandes músicas Rock & Roll e belíssimas baladas. 


Wig Wam – Never Say Die

O regresso, os Noruegueses Wig Wam voltaram e com o seu 5º álbum adicionaram ao seu Hard Rock festivo uma dose extra de peso que nunca tinham feito ao longo da carreira, no entanto, não deixam nunca de ser a banda que encantou o Hard Rock na primeira década do século XXI. Além do peso, estão lá as melodias, as pontes certeiras e a excelente voz Age Sten Nilsen.




Como sempre a lista não se esgota nos 10 preferidos e tem sempre mais alguns álbuns que se destacaram no meu gosto e este ano são estes os meus destaques “extra”:

 

Dennis DeYoung – 26 East, Vol. 2

Dirty Honey – Dirty Honey

Lucifer – IV

Mason Hill – Against The Wall

Ronnie Atkins – One Shot

Siggi Schwarz – The Fire Inside

Smith/Kotzen – Smith/Kotzen

Spektra – Overload

Station – Perspective

Temple Balls – Pyromide

Victory – Gods Of Tomorrow

Wikked Starr – Sudden Impact






sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Destaques Riffservice 2020

Desde 2014 já se tornou clássico do 1º dia do ano sair a lista dos meus álbuns preferidos do ano. Todos os anos é difícil escolher e este ano não foi excepção, já que houve bastantes lançamentos com qualidade nas diversas formas de fazer Hard Rock, seja mais Hard N' Heavy, mais Sleazy ou mais AOR.
Segue-se então a lista dos 10 preferidos com um pequeno texto em cada um deles.

 Thundermother - Heat Wave

As Suecas Thundermother oferecem aos fãs de Hard Rock a sua versão mais pura, Rock & Roll sem concessões, com peso e melodia em iguais doses. O 4º álbum "Heat Wave" mostra uma banda cheia de energia e coragem para carregar a  bandeira do Hard Rock em tempos difíceis para as bandas do estilo.
Em alguns momentos a voz de Guernica Mancini faz lembrar a da já consagrada Lzzy Hale e acredito sinceramente que com o apoio certo e a vontade da banda esta poderá atingir o estatuto de Halestorm.


The Night Flight Orchestra - Aeromantic

A cada novo lançamento os The Night Flight Orchestra mostram aos fãs de Hard Rock novos elementos. "Aeromantic" já é o 5º álbum da banda e se no 1º álbum se poderia pensar que esta banda/projecto era um mero devaneio dos seus elementos (com passado e presente em bandas de Metal Extremo) actualmente tenho a certeza que esta banda veio para ficar e é uma das minhas preferidas das que surgiram no século XXI. Eles apresentam-nos em doses generosas elementos Pop, Electronico, Progressivo com base no Hard Rock Melódico o que fazem deles os "Toto do século XXI" já que todos os elementos da banda são exímios no que fazem. 


Stryper - Even The Devil Believes

Ao longo dos anos Michael Sweet e os seus comparsas encontraram a fórmula certa para a sua música. Mais pesado que o que faziam nos anos 80 mas suficientemente melódico para eu considerar Hard Rock e não Heavy Metal. Após o "pavoroso" "Reborn" que marca a reunião da banda, os Stryper acertaram em todos os seus lançamentos.


Stardust - Highway To Heartbreak 

Os novatos Húngaros Stardust são uma das grandes (e agradáveis) surpresas do ano. No seu 1º álbum "Highway To Heartbreak" eles mostram o seu som, Hard Rock Melódico/AOR com som dos 80s e influência de bandas como Bon Jovi e Journey. Timbres de guitarra limpos, uso generoso de teclados e coros fazem parte da receita das belas músicas que os Stardust nos entregaram em 2020.


Stan Bush - Dare To Dream

O veterano Stan Bush é um regresso que se saúda. Ele que foi um dos nomes grandes do AOR dos 80s, com presença na banda sonora original de vários filmes (em especial de Acção) estava afastado dos lançamentos de originais há demasiado tempo. Neste álbum "Dare To Dream" ele recupera aquela que é a sua fórmula, melodias marcantes, teclados e a sua inconfundível voz. 


Marenna Meister - Out Of Reach 

Quando soube que Alex Meister e Rodrigo Marenna estavam a trabalhar juntos num álbum soube logo que vinha aí um grande álbum e com o lançamento de "Out Of Reach" as minhas suposições conformaram-se. No álbum "Out Of Reach" temos um produto Hard Rock Premium, todos os elementos se conjugam para estas grandes canções. Não temos neste álbum nada de novo mas temos um álbum sólido, carregado de grandes músicas, com uma produção impecável e timbres de muito bom gosto. 


H.E.A.T. - II

O álbum "II" marca a despedida perfeita do vocalista Erik Gronwald (para o regresso do original Kenny Leckremo). Ao seu 6º álbum a banda regressa (depois do confuso "Into The Great Unknown" de 2017) ao Hard Rock Melódico da sua mais vintage cepa mas com a adição de mais peso e de riffs mais forte à formula habitual dos H.E.A.T.. Boa sorte Erik, Bem vindo Kenny.


Girish & The Chronicles - Rock The Highway

Para os puristas, uma banda Indiana fazer este tipo de som é algo totalmente fora da sua "bolha" mas já sabemos que o Hard Rock conquistou fãs em todos os cantos do mundo e enquanto eles (os fãs) existirem a tocha nunca se apagará e é exactamente fogo, poder, riffs, grandes fraseados vocais que os Girish & The Chronicles nos apresentam neste álbum "Rock The Highway". Música com peso, melodia e poder para agradar a todos os fãs de Hard Rock.


Dirty Shirley - Dirty Shirley

Esta banda marca a reunião de esforços do mais "novato" e brilhante vocalista Dino Jelusick com o veterano e genial George Lynch (sem esquecer Trevor Roxx e Will Hunt) e quando se reúne uma equipa com esta qualidade o resultado mais lógico é um trabalho sem mácula. George Lynch continua a ser um dos grandes mestres da guitarra e Dino Jelusick tem uma voz poderosa que mostra que seguramente vai ser um dos grandes vocalistas da sua geração.
 

Biff Byford - School Of Hard Knocks

Biff Byford é um nome incontornável nos últimos 40 anos do Heavy Metal, eterno vocalista dos Saxon e em 2020 lançou um álbum a solo onde mostra um resumo de tudo que fez na sua carreira, temos músicas mais pesadas, temos músicas Hard Rock, temos Rock & Roll e também temos baladas. Boff Byford mostra neste álbum que continua a ser um excelente vocalista e um compositor de mão cheia. 


Ao longo do ano outros grandes álbuns foram lançados e que também poderiam ter entrado na lista dos 10 + preferidos, ainda assim resolvi seleccionar mais 13 álbuns que também me encheram as medidas.

Os Outros Destaques:
Alcatrazz –Born Innocent
Alien – Into The Future
Artic Rain – The One
Black Rose Maze – Black Rose Maze
Confess – Burn ‘Em All
Grand Design – V
Gunner – Back 4 More
Harem Scarem – Change The World
Jessica Wolff – Para Dice
Kansas – The Absence Of Presence
Speed Stroke - Scene Of The Crime
Silent Tiger – Ready For Attack
Wildness – Ultimate Demise

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Destaques Riffservice 2019

Mais um ano termina e mais uma vez eu, Gabriel Sousa, como mentor do RIffservice faço a minha selecção de álbuns favoritos do ano, esta selecção não tem em conta a qualidade musical nem sequer tem a pretensão de definir os melhores do ano, é apenas a minha escolha, os meus álbuns preferidos de todos os que saíram em 2019. Os álbuns do top10 são apresentados cada um com um pequeno texto e no final aparece uma lista de 13 menções honrosas.

Airbourne - Boneshaker

O que os Australianos Airbourne nos oferecem no seu 5º álbum de originais é o bom e velho Hard Rock, puro e duro, com a total influência dos conterrâneos Ac/Dc. Este álbum é um verdadeiro elixir de energia que mostra o quão enganados estão aqueles que dizem que actualmente já não se faz Rock bom. Quem disser isto e gostar de Ac/Dc, só pode ter um nome, POSER.


Black Star Riders - Another State Of Grace

Das cinzas dos Thin Lizzy surgiram os Black Star Riders capitaneados pelo guitarrista Scott Gorham e suportado pelo excelente vocalista/guitarrista Ricky Warwick. O som dos Black Star Riders mantém a tradição do Hard Rock Clássico Bluesy que sempre inspirou a banda e tal como com os Thin Lizzy existem também alguns laivos de Folk na melhor tradição Irlandesa.



Crashdiet - Rust

O 5º álbum dos Suecos Crashdiet foi a maior surpresa que tive este ano, este álbum mostra uma nova fase da banda, com o novo vocalista, Gabriel Keyes. O som continua enérgico mas as melodias ganharam um novo destaque, a banda deixou de ser aquele comboio desgovernado e sujo de Sleaze para ter neste álbum uma nova paleta de texturas musicais, uma banda com um som mais polido e melhor arranjado que me agrada mais do que a versão original da banda.

Crazy Lixx - Forever Wild

Ao 6ª álbum, dos Suecos Crazy Lixx já não são uns novatos no Hard Rock e pela qualidade e consistência da sua discografia já mereciam a consagração no mainstream. Neste álbum a banda mostra a sua alma, o Hard Rock festivo, festeiro e alegre dos anos 80 dá o mote para 10 músicas de alto astral.



Gary Hoey - Neon Highway Blues

O já veterano Gary Hoey teve sempre a sua carreira em 2 mundos, o Hard Rock e o Blues. E neste álbum de 2019 ele mostra isso mesmo, as músicas mais Blues são “musculadas” por riffs mais pesados e as músicas mais Hard Rock têm aquela vibe Bluesy. Apesar de ser um nome que passa ao lado do mainstream. Gary Hoey é um nome que qualquer fã de Eric Clapton, Bad Company ou ZZ Top deve ter em atenção.



JoanOvArc - JoanOvArc

O quarteto de zona de Londres lança em 2019 o seu segundo álbum e mostra novamente que ainda têm muita energia e lenha para queimar. O som delas é influenciado por nomes clássicos como Led Zeppelin mas também por nomes mais recentes como os Kings Of Leon o que lhes dá um som com grande personalidade.



Massive - Rebuild Destroy

Os Australianos Massive lançaram em 2019 o seu 3º álbum e mais uma vez mostram que o seu Hard Rock é sempre a abrir, sempre com o pé no acelerador. Quem gosta de Ac/Dc, Guns N’ Roses entre outras não pode ficar indiferente aos Massive. Este álbum tem também algumas músicas mais cadenciadas, com um som mais acessível e que facilmente poderiam passar nas rádios mais mainstream.



The Defiants - Zokusho

Tenho sempre dificuldades em escolher apenas um álbum preferido mas este ano, este 2º álbum dos The Defiants facilitou-me essa escolha, de longe o meu álbum preferido do ano. O álbum Zokusho tem tudo que eu gosto, harmonias excelentes, guitarra com o peso certo e timbre limpo, vocais de grande qualidade, entre outras coisas. Paul Laine, Rob Marchello e Bruno Ravel mais uma vez acertaram em cheio.



Tony Mills - Beyond The Law

Quando este álbum foi lançado já se sabia que seria o último da carreira de Tony Mills já que ele estava a contas com um cancro em fase terminal. A despedida com “Beyond The Law” fez-se quase como se fosse o resumo da carreira dele já que nos apresenta aquilo que Tony Mills sempre fez, Hard Rock, ora mais melódico, ora mais veloz, ora em belas baladas mas sempre com uma grande qualidade, acima de qualquer suspeita.



Tyler Bryant & The Shakedown - Truth & Lies

Os Norte Americanos lançaram em 2019 o seu 3º álbum e são mais uma daquelas bandas novas que vem contradizer quem diz que já não se lança nada novo e bom no mundo do Rock.Este álbum navega entre o Hard Rock/Southern Rock/Blues Rock, é ao mesmo tempo vintage e moderno. O Rock não precisa de salvadores mas esta banda tem tudo para levar a linhagem do Hard Rock às novas gerações.




Outros destaques:

Affaire – Less Ain’t More
D.A.D. – A Prayer For The Loud
Eclipse – Paradigm
Hardline – Life
Kadavar – For The Dead Travel Fast
Michael Sweet – Ten
Rockett Love – Greetings From Rocketland
Sinner – Santa Muerte
Station – Stained Glass
The Darkness – Easter Is Cancelled
The Treatment – Power Crazy
Wayward Sons – The Truth Ain’t What It Used To Be
Work Of Art – Exhibits