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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Destaques Riffservice 2021

Todos os anos já se tornou clássico sair a minha lista de álbuns de Hard Rock preferidos do ano que acaba de terminar. Todos os anos é uma tarefa difícil porque apesar do Hard Rock não estar no mainstream, a audição dos álbuns novos implica uma maior pesquisa porque (em especial as bandas novas) não estão nas rádios nem nos meios de comunicação de massas. A lista é apenas o resumo do meu gosto, da minha opinião e não tem a presunção de escolher os melhores mas sim os meus preferidos.

Chez Kane - Chez Kane

Seguramente o meu álbum preferido de 2021. Este álbum que conta com produção de Danny Rexon (vocalista dos Crazy Lixx) aproveita-se da capacidade de Chez Kane dar voz a belas melodias de Hard Rock Melódico. Para quem se estreia a solo (Chez Kane já tinha lançado álbuns como elemento das Kane’d) este álbum é auspicioso para uma bela carreira que provavelmente nunca atingirá o mainstream, nem o sucesso global mas que seguramente vai dar sempre motivos de sorrir aos fãs do estilo. “Rock On The Radio”, “Too Late For Love” e “Better Than Love” foram escolhidas como singles e são um belo resumo deste álbum, melódico, alegre e cheio da aura musical dos anos 80. Para quem gosta de Robin Beck e Cher (nos anos 80 e inícios dos 90) é um prato cheio de qualidade. 


Crazy Lixx – Street Lethal

Se alguém se arriscar a resumir a carreira dos Crazy Lixx numa só palavra eu arrisco que essa palavra seria consistência. Ao 7º álbum a banda continua a mostrar todas as características que a consagraram como uma das bandas do século XXI preferidas dos fãs de Hard Rock. Produção cuidada, melodias e peso na dose certa para uma banda de Hard Rock, ambiente festivo e aquele virtuosismo despretensioso de quem não quer mostrar mais do que aquilo que a música pede.


Cruzh – Tropical Thunder

O álbum “Tropical Thunder” é o segundo dos Cruzh. Este álbum marca a entrada do novo vocalista, Alex Waghorn e não desilude. A atmosfera faz lembrar o final de anos 80, de nomes como Danger Danger ou Firehouse. Tal como os Crazy Lixx, os Cruzh também fazem da alegria, da melodia e do peso em doses certas a sua imagem de marca. Aguardemos que num futuro terceiro álbum eles mantenham a onda e a consistência.


Kreek – Kreek

Com o seu primeiro álbum os Britânicos Kreek mostram logo ao que veem, Hard Rock puro e duro, melodioso e com uma vibração optimista e virtuosa. Os anos 80 já vão longe mas ainda há quem carregue a tocha da sua música e do seu Hard Rock. Os Kreek podem, sem sombra de dúvidas ser um dos depositários desse legado e levar o seu Hard Rock às novas gerações. Este álbum é mais um daqueles exemplos para mostrar a quem diz que na actualidade já não se faz nada de qualidade.


Nestor – Kids In A Ghost Town

Directamente dos anos 80 para o ano de 2021, os Nestor mostram que as modas vão e vêm mas o Hard Rock há-de ser eterno enquanto existirem bandas a fazer este tipo de som e fãs a ouvirem o que as bandas produzem. Este foi mais um álbum que apostou forte nas ambiências de finais dos anos 80, aquele Hard Rock/AOR virtuoso, poderoso e melodioso cheio de melodia e de refrães fortes para serem cantados numa sala de concertos (adorava dizer estádio ou arena mas não me parece que esses tempos voltem para o Hard Rock) pelo mundo fora. Este álbum deu-nos também um enorme momento de nostalgia ao lançar a bela balada “Tomorrow” um dueto com a “desaparecida” estrela dos 80s, Samantha Fox. 


Sunbomb – Evil & Divine

Sunbomb é o trabalho conjunto de Tracii Guns e Michael Sweet, este álbum é pesado, em alguns momentos sombrio não esconde (nem sequer o quer fazer) a influência que Black Sabbath e Judas Priest têm neste álbum. Ao longo dos anos os trabalhos de Michael Sweet estão a afastar-se mais do Hard Rock e a aproximar-se do Heavy Metal mais tradicional e em conjunto com alguns riffs mais arrastados, mais “Doom” de Tracii Guns mostraram-nos um trabalho de inquestionável qualidade para os fãs de Hard Rock/Heavy Metal.  


Supernova Plasmajets – Now Or Never

O terceiro álbum desta banda Alemã liderada pela vocalista Jennifer Crush é mais um exemplo que não importam as modas mas sim o som que cada um gosta de ouvir e de fazer. Os anos 80 já eram mas este álbum soa, cheira e transpira a música dos anos 80 por todos poros, às vezes mais Rock & Roll, outras vezes mais AOR, ora liderado pela guitarra, ora liderado pelos ambientes de teclado sempre temperado com grandes doses de melodias. 


The Night Flight Orchestra – Aeromantics II

Cada vez mais Pop, cada vez mais dançáveis, cada vez mais mergulhados nos anos 80 mas também cada vez mais originais e sem esquecerem aquilo que são, uma banda de Hard Rock Melódico. Em cada novo lançamento “Bjorn Strid e sus muchachos” mergulham cada vez mais nos ambientes sonoros do cinema (e das bandas sonoras) dos anos 80. O ambiente relaxado e despretensioso das músicas contrasta com a qualidade e a seriedade com que este trabalho é feito ao nível dos arranjos, das letras e das melodias. Os The Night Flight Orchestra em cada lançamento cimentam mais a sua posição como uma das mais queridas bandas de Hard Rock Melódico da actualidade. 


Thunder – All The Right Noises

Os Britânicos Thunder nunca desiludem e com “All The Right Noises”, o décimo-terceiro álbum de estúdio mostram mais uma vez que têm lenha para queimar e que se mantém relevantes para quem gosta do Hard Rock com pitadas de Blues que eles sempre tiveram. Este álbum conta com uma grande riqueza de elementos, além dos tradicionais voz/baixo/guitarra/bateria, deste álbum fazem parte coros femininos, secções de sopro, guitarras acústicas entre outros. Em “All THe Right Noises” os Thunder entregam ao ouvinte todos os barulhos correctos que os fãs se habituaram, grandes músicas Rock & Roll e belíssimas baladas. 


Wig Wam – Never Say Die

O regresso, os Noruegueses Wig Wam voltaram e com o seu 5º álbum adicionaram ao seu Hard Rock festivo uma dose extra de peso que nunca tinham feito ao longo da carreira, no entanto, não deixam nunca de ser a banda que encantou o Hard Rock na primeira década do século XXI. Além do peso, estão lá as melodias, as pontes certeiras e a excelente voz Age Sten Nilsen.




Como sempre a lista não se esgota nos 10 preferidos e tem sempre mais alguns álbuns que se destacaram no meu gosto e este ano são estes os meus destaques “extra”:

 

Dennis DeYoung – 26 East, Vol. 2

Dirty Honey – Dirty Honey

Lucifer – IV

Mason Hill – Against The Wall

Ronnie Atkins – One Shot

Siggi Schwarz – The Fire Inside

Smith/Kotzen – Smith/Kotzen

Spektra – Overload

Station – Perspective

Temple Balls – Pyromide

Victory – Gods Of Tomorrow

Wikked Starr – Sudden Impact