Tal como no ano passado decidi
fazer uma lista (não dos melhores) dos meus álbuns favoritos de 2015. Volto a
referir, esta não é a lista dos melhores, não gosto de listas que têm essa
pretensão, esta lista refere-se apenas e só a gosto pessoal, ao meu gosto
pessoal. A lista dos 10 preferidos vai ter um pequeno texto e a ordem é
alfabética. 2015 não teve um álbum portentoso, um álbum que me deixasse a
suspirar por muito tempo, exemplificando, em 2015 não saiu nenhum “Lipservice”
ou nenhum “Freedom Rock” ainda assim houve vários álbuns de qualidade
insuspeita e é a esses álbuns que na minha opinião marcaram 2015 que eu vou dar
um pequeno destaque.
Care Of Night – Connected
Os Suecos Care Of Night
estrearam-se em 2015 com o álbum “Connected”, se fossem necessárias mais
provas, este álbum prova que a qualidade da música não depende da década em que
ela foi feita. Noutros tempos este álbum poderia ter-se tornado um clássico e
poderia ter levado os Care Of Night ao Olimpo do mainstream. Como qualquer
álbum de Hard Rock/AOR não podem faltar as baladas que aqui estão bem
representadas em músicas como “Dividing Lines”, “Unify” e “Say You Will”. Este
álbum é um verdadeiro festim de melodia para quem gosta de Hard Rock
Melódico/AOR.
Def Leppard – Def Leppard
Os Def Leppard não precisam de
apresentações, já andam nestas andanças há muitos anos no entanto desde o álbum
“Euphoria” que não lançavam nada que me deixasse verdadeiramente empolgado. Em
2015 com o álbum “Def Leppard” eles deixaram de lado a maioria das suas
experimentações e das tentativas de soarem modernos e lançaram um álbum que
resume bem a carreira da banda Britânica. Temos músicas poderosas como
“Dangerous”, temos músicas que poderiam ter saído em qualquer álbum entre 1987
e 1992 como “Let’s Go” que apesar de no refrão me soar um pouco a “One
Direction” não deixa de ser uma música que me conquistou, temos músicas
funkeadas e dançantes como “Man Enough” e como em qualquer álbum de Def
Leppard, temos também baladas da qualidade de “Last Dance”. Se os Def Leppard
não lançarem mais nada de original na sua já longa carreira, fecham com chave
de ouro.
Degreed – Dead But Not Forgotten
Durante a primeira década do
século XXI foram as bandas Escandinavas que levaram a cena do Hard Rock o mais
próximo do mainstream. Os Degreed já chegaram tarde para terem direito a um
pouco desse holofote. “Dead But Not Forgotten” é o 3º álbum da banda e mostra a
banda melhor do que nunca, o som da banda navega em várias direcções desde o
Pop/Rock, ao Metal Melódico de tradição Escandinava sem nunca perder a
consistência e a identidade de uma banda de Hard Rock. Não posso deixar de
destacar a música “Better Safe Than Sorry” um Hard Rock contagioso, alegre e
poderoso que me fez companhia várias vezes neste ano de 2015.
Hogjaw – Rise To The Mountains
Os Norte Americanos Hogjaw
lançaram em 2015 o seu 5º álbum “Rise To The Mountains” e apesar de não serem
uma banda recente são uma banda que eu só tive o prazer de conhecer em 2015,
precisamente com o álbum “Rise To The Mountains”. O som que eles nos apresentam
é de tradição sulista Norte Americana. No caldeirão sonoro dos Hogjaw temos
Hard Rock, Southern Rock e um pouco de Metal, o som perfeito para ouvir num
ambiente de conversa de amigos, acompanhado de um bom copo de Jack Daniels.
Iris – Ao Acaso
Este álbum foi um deleite para
mim. Já sou fã dos Iris há muitos anos e mais uma vez os Algarvios não
desiludem com o seu Hard Rock Clássico. Eu sempre vi os Iris como uma banda e
não como um conjunto de músicos que tocam umas coisas engraçadas e não merecem
ser levados a sério. Os Iris são em Portugal um dos casos mais flagrantes de
banda que é vítima do seu sucesso. O álbum “Ao Acaso” mostra o que de melhor os
Iris sempre fizeram, Rock Clássico com pitadas de Hard Rock e com aquele inconfundível
sotaque Olhanense de Domingos Caetano. Os Iris mostram a sua crítica social na
letra da música “Nuclear, Não obrigado” (se outros a lançassem, isto era o
verdadeiro hino da geração), mostram também o seu lado sensível em baladas como
“Dom da Vida” ou “Ao Acaso”. Os Iris também nunca se esquecem de incluir um
cover de um clássico da música popular Portuguesa, neste caso um cover para
“Grândola Vila Morena”. Não é o melhor
álbum de todos os tempos mas cumpre o que promete, ser um álbum de Rock feito
para quem realmente gosta de Rock.
Maryann Cotton – Into Eternity
“Into Eternity” é o segundo álbum
dos Dinamarqueses/Norte Americanos Maryann Cotton, banda que vai buscar o nome
a uma famosa serial killer do século XIX. Esta banda vai buscar a sua inspiração
sonora ao que Alice Cooper fez nos anos 70. Apesar da influência de Alice
Cooper “Maryann Cotton” não soa como uma mera cópia já que também conta com
instrumentistas da qualidade de Hal Patino, Sebastian Sly e Shawn Kemon, além
do vocalista “Maryann” Patino, filho de Hal Patino. O grande destaque deste
álbum é que soa a clássico, soa a vintage sem soar a imitação nem a subproduto.
Revolution Saints – Revolution
Saints
Quando em 2014 soube que Doug
Aldrich, Deen Castronovo e Jack Blades iam formar um grupo de imediato este
tornou-se o lançamento mais esperado de 2015. E quando o álbum “Revolution
Saints” saiu cumpriu integralmente todas as expectativas. O álbum conta com melodias irrepreensíveis,
baladas muito bem construídas além de ter ainda participações de nomes como
Neil Schon, Arnel Pineda e Alessandro Del Vecchio.
Stryper – Fallen
Após o fracasso do álbum “Reborn”
os Stryper nunca mais falharam, os seus álbuns têm apresentado a consistência,
a qualidade e o estilo que os fãs de Stryper sempre apreciaram no Hard Rock (às
vezes Heavy Metal) vigoroso e poderoso dos Stryper. O álbum “Fallen” 11º
lançamento da banda e conta com a produção do vocalista/guitarrista e principal
compositor da banda Michael Sweet. Em alguns momentos este álbum ultrapassa as
barreiras do Hard Rock e penetra em direcção ao Heavy Metal e ao Power Metal,
músicas como “Yahweh” e “Big Screen Lies” são disso exemplos. E como qualquer
álbum de Stryper que se preze, também neste “Fallen” temos uma bela balada,
neste caso “All Over Again”.
The Night Flight Orchestra –
Skyline Whispers
Só na Escandinávia é possível que
membros de bandas de Metal Extremo como Arch Enemy e Soilwork formem uma banda
com o som Hard Rock Clássico dos The Night Flight Orchestra. “Skyline Whispers”
é o segundo álbum da banda e mostra toda a classe, capacidade e qualidade que
os membros da banda têm para fazer Hard Rock/AOR ao melhor estilo dos anos 80
sem soar a cópia, nem a trabalho datado no tempo. Para mim, o grande destaque
deste álbum é a música “Living For The Nighttime” esta música tem um ritmo e
uma vibe muito contagiantes, para mim uma das minhas músicas preferidas de
2015.
Trixter – Human Era
Os Norte Americanos Trixter foram
uma das últimas bandas da era de ouro do Hard Rock a ter algum destaque. Após
um longo hiato entre 1995 e 2007, eles voltaram em 2007 e em 2015 lançam o seu
4º álbum de originais “Human Era”, após terem lançado o bom “New Audio Machine”
em 2012. O álbum “Human Era” é um óptimo álbum que mostra todas as qualidades
dos Trixter. Se logo nas 2 primeiras músicas “Rockin’ To The Edge Of The Night”
e “Crash That Party” temos Hard Rock potente e festeiro, já nas músicas “Beats
Me Up” e “Human Era” temos a beleza, a classe e a suavidade de belas baladas.
Outros destaques:
Cold Chisel – The Perfect Crime
Dimino – Old Habits Die Hard
Eclipse – Armageddonize
FM – Heroes & Villians
Joel Hoekstra’s Thirteen – Dying To Live
Kamchatka – Long Road Made Of Gold
Rata Blanca – Tormenta Electrica
Room Experience – Room Experience
The Answer – Raise A Little Hell
The Winery Dogs – Hot Streak
Thunder – Wonder Days
Toto - XIV
W.A.S.P. – Golgotha